PSD DISTRITAL E NACIONAL, ENTRE A INCOMPETÊNCIA E A FICÇÃO!

Ao que parece os últimos quinze dias terão sido os piores da história eleitoral do PSD, mas parece que ninguém da Comissão Política Nacional e Distrital deu por isso!

Faço regularmente um périplo por alguns blogues e verifiquei que esta catástrofe não passou ao lado de toda a gente, muito menos daqueles que sentem a verdadeira política na pele, dos que trabalham diariamente com o objectivo do bem comum!

Ao ler o blogue http://joaocepa.blogspot.com/, do Presidente da Câmara Municipal de Esposende, não posso estar mais de acordo, ao ser da opinião que os Dirigentes Nacionais e Distritais do PSD, “prestariam um grande serviço ao partido se se demitissem”. João Cepa critica o discurso da líder Nacional, Manuela Ferreira Leite, que falou em vitória do PSD na noite das eleições autárquicas, quando o partido perdeu a nível nacional 254 mil votos e 36 mandatos.

O PSD teve a mais ténue vitória autárquica de que há memória. É certo que tem o maior número de presidências de câmara e de juntas de freguesia, outra coisa não se esperaria tal era a vantagem em relação ao Partido Socialista desde 2001 e consolidada em 2005. Mas, para o PSD os números são, ou deveriam ser, preocupantes pois foi o Partido Socialista o partido mais votado e conseguiu o seu melhor número de sempre em termos de Presidências de Câmara. Pelo caminho o PSD ainda perdeu algumas Câmaras emblemáticas como Barcelos, Leiria, ou Figueira da Foz, por exemplo. Mesmo para quem simpatiza com a líder do Partido, começa a ser confrangedor ver esta catadupa de insucessos, completamente desligada da realidade, sem capacidade de motivação do seu eleitorado, dando sempre a sensação de andar em contra-mão.

A quem vamos pedir responsabilidades, quando as candidaturas como a de Viana do Castelo, onde as distritais fizeram as suas opções e foram vetadas pela Comissão Politica Nacional e os municípios, continuam na mão do PS?

Chegou o momento da estrutura do partido falar com e para as pessoas, da liderança visitar as sedes dos partidos, de falar aos seus militantes e simpatizantes, realizar colóquios, sessões de esclarecimento, comícios, etc. Este modelo de liderança está completamente ultrapassado, não serviu, não serve, nem servirá, porque o paradigma comunicacional desta liderança está totalmente desajustado da realidade.

A credibilidade já não cola, porque a cara não joga com a careta e a verdade afinal tornou-se numa mentira dos incompetentes. O partido tem de mudar de rumo, na Nacional e na Distrital, e rápido.


2009-10-16