Este fim-de-semana, enquanto faço um “estágio” na espera para ver o grande jogo da jornada Braga/Benfica, nada melhor para descomprimir da pressão, do que fazer uma breve reflexão sobre a próxima liderança do PSD.
Muito se tem falado da próxima liderança do Partido Social Democrata, apontando-se Marcelo para suceder a Manuela Ferreira Leite, à semelhança de quando se falou da sucessão de Menezes, por ter "imagem" e, segundo alguns analistas políticos, serviria para contrapor à "imagem" constituída por Sócrates, etc. Sucede que, entretanto, os portugueses começaram a dar mostra de algum enjoo de "imagens". Para acabar com a palavra imagem, nada melhor que escolher Manuela Ferreira Leite que, como se sabe, não tem nenhuma a não ser a da fatídica “verdade”, e até ganhamos as europeias pendurados num péssimo candidato do PS e numa excelente novidade que foi Paulo Rangel. Depois, nas eleições legislativas foi o que se viu!
Como diria Fernando Sobral “o maior risco para o actual PSD não é a liderança, mas o medo da liderança. No PSD todos querem, e não querem, ser líderes”.
A postura de alguns “distintos” militantes tem sido tão nefasta ao PSD, que me apetece dizer, não se aceitam currículos e não podem ser advogados e simultaneamente deputados, nem professores e comentadores políticos ou ex-ministros, etc! Pessoalmente, não é a longa lista de dirigentes predispostos a ponderar a candidatura a líderes que me assusta, é, antes, saber que alguém, para ser líder do PSD, tem que passar por uma série de figurões que estão todos os dias nas televisões, rádios e jornais, a falar sempre em nome do partido como se fossem o oráculo do PSD e não passam de fazedores de opiniões furtivas e outros até agem como peças decorativas do partido.
De facto, existem no PSD algumas personalidades que acham que o partido é como um tubo de ensaio, onde gostam de ponderar imponderáveis, sendo todos co-responsáveis pelo desastre eleitoral que o PSD teve no dia 27 de Setembro e no dia 11 de Outubro, o pior resultado que o PSD teve na sua história a partir da oposição.
A velocidade a que têm sido trucidados os últimos líderes do PSD mostra que a cadeira do líder é mais meteórica do que uma viagem cósmica. No entanto, acho que o que o PSD precisa é de um salto geracional, que agregue a sua ideologia de base aos novos paradigmas comunicacionais e às novas transformações sociais. E até criar um espaço ideológico mais liberal à sua direita e mais social à sua esquerda.
O PSD tem forçosamente que olhar para a frente com esta perspectiva: se quer mais do mesmo e olhar para uma lógica de passado ou se quer apostar numa nova geração de ideias, de propostas e de pessoas. Enquanto não for capaz de apresentar um projecto de uma nova esperança a Portugal, de rostos novos, que não estejam cansados na vida política, vai ter dificuldade em ganhar eleições.
Porque a escolha do líder do PSD não é uma selecção social, é acima de tudo uma selecção política e o líder do PSD é eleito de norte a sul, por muitos milhares de militantes, por isso, o protagonismo dado a meia dúzia de personalidades de Lisboa, que acham que devem decidir o futuro deste partido, tem de acabar de uma vez por todas.
Muito se tem falado da próxima liderança do Partido Social Democrata, apontando-se Marcelo para suceder a Manuela Ferreira Leite, à semelhança de quando se falou da sucessão de Menezes, por ter "imagem" e, segundo alguns analistas políticos, serviria para contrapor à "imagem" constituída por Sócrates, etc. Sucede que, entretanto, os portugueses começaram a dar mostra de algum enjoo de "imagens". Para acabar com a palavra imagem, nada melhor que escolher Manuela Ferreira Leite que, como se sabe, não tem nenhuma a não ser a da fatídica “verdade”, e até ganhamos as europeias pendurados num péssimo candidato do PS e numa excelente novidade que foi Paulo Rangel. Depois, nas eleições legislativas foi o que se viu!
Como diria Fernando Sobral “o maior risco para o actual PSD não é a liderança, mas o medo da liderança. No PSD todos querem, e não querem, ser líderes”.
A postura de alguns “distintos” militantes tem sido tão nefasta ao PSD, que me apetece dizer, não se aceitam currículos e não podem ser advogados e simultaneamente deputados, nem professores e comentadores políticos ou ex-ministros, etc! Pessoalmente, não é a longa lista de dirigentes predispostos a ponderar a candidatura a líderes que me assusta, é, antes, saber que alguém, para ser líder do PSD, tem que passar por uma série de figurões que estão todos os dias nas televisões, rádios e jornais, a falar sempre em nome do partido como se fossem o oráculo do PSD e não passam de fazedores de opiniões furtivas e outros até agem como peças decorativas do partido.
De facto, existem no PSD algumas personalidades que acham que o partido é como um tubo de ensaio, onde gostam de ponderar imponderáveis, sendo todos co-responsáveis pelo desastre eleitoral que o PSD teve no dia 27 de Setembro e no dia 11 de Outubro, o pior resultado que o PSD teve na sua história a partir da oposição.
A velocidade a que têm sido trucidados os últimos líderes do PSD mostra que a cadeira do líder é mais meteórica do que uma viagem cósmica. No entanto, acho que o que o PSD precisa é de um salto geracional, que agregue a sua ideologia de base aos novos paradigmas comunicacionais e às novas transformações sociais. E até criar um espaço ideológico mais liberal à sua direita e mais social à sua esquerda.
O PSD tem forçosamente que olhar para a frente com esta perspectiva: se quer mais do mesmo e olhar para uma lógica de passado ou se quer apostar numa nova geração de ideias, de propostas e de pessoas. Enquanto não for capaz de apresentar um projecto de uma nova esperança a Portugal, de rostos novos, que não estejam cansados na vida política, vai ter dificuldade em ganhar eleições.
Porque a escolha do líder do PSD não é uma selecção social, é acima de tudo uma selecção política e o líder do PSD é eleito de norte a sul, por muitos milhares de militantes, por isso, o protagonismo dado a meia dúzia de personalidades de Lisboa, que acham que devem decidir o futuro deste partido, tem de acabar de uma vez por todas.
2009-10-31