O PORTUGAL DE SOCRATES

Hoje é dia de reflexão, para amanhã exercer o meu direito de voto.
Por isso tenho que fazer uma análise, concreta e conclusiva sobre a minha intenção de voto!

Publiquei neste blog, em Maio de 2008, que no PSD “ganhou a previsibilidade melancólica. Estou certo que, nos próximos tempos, discordarei de muitas coisas que a nova líder do PSD afirmará, mas estou também certo que ela tem uma excelente oportunidade, que eventualmente mais ninguém poderia ter, para dar a volta que o partido e o país precisam que o PSD dê.” E a meu ver não aproveitou, por culpa própria, fruto das suas escolhas!

Contudo, não posso deixar de fazer um balanço de quatro anos de governo, com uma maioria absoluta, muito musculada na comunicação social.

Foi um governo repulsivo, sem uma gota de honestidade política, muito devido a promessas falsas, governou a seu bel-prazer durante quatro anos e meio, tornou este país num país mais desigual e como Sócrates “queria”: “num país mais pobre”. Agora na campanha vem de novo com actos e promessas puramente eleitoralistas, reforçando ainda mais que a honestidade não é uma qualidade deste governo. As perguntas impõem-se: Será que alguém se deixará enganar mais uma vez por José Sócrates? Será que o povo vai votar em quem disse que não ia subir impostos e que subiu o IVA, o IRS, o IRC, o ISP, o IA, etc?
Será que irá confiar em quem disse que ia melhorar as condições de acesso aos serviços de saúde mas acabou por piorar o acesso aos cuidados de saúde encerrando urgências em locais “inviáveis”, retirando a comparticipação a cerca de 300 medicamentos e aumentando as taxas moderadoras em 27%? Será que irá acreditar em quem disse que iria ajudar 300.000 idosos a sair da pobreza, embora Sócrates minta dizendo que o complemento solidário para idoso foi entregue a 200.000 idosos, embora ele saiba que a realidade não passa de 20.000, uma diferença “mínima” de 280.000 idosos para com a promessa?
Será que irá crer em quem disse que ia criar 150.000 postos de trabalho e na verdade agora temos a maior taxa de desemprego desde 1986, com 7,8% que representa 416.005 desempregados em 2008 (antes da famosa crise) segundo dados do INE, actualmente e também segundo o INE a taxa é de 8,9%, com cerca de 523.000 desempregados e com aproximadamente 60.000 empresas a fechar portas durante esta legislatura (citando a SIC que se baseou em dados INE)?
Portugal desperdiçou em Fundos Comunitários 71 milhões de euros em 2008. O défice do Estado regista uma média diária próxima de 36 milhões de euros, o que significa que em cada hora que passa o buraco entre as receitas e as despesas é de 1,5 milhões de euros. O ritmo do défice aumentou este ano 153% face aos primeiros oito meses de 2008. No ano passado o saldo negativo do Estado registava 3,436 mil milhões, este ano já ascende a 8,712 mil milhões
Mas isso, para a esquerda radical de Louçã, também não interessa nada! Até porque quanto mais pobres melhor. Desde que não existam ricos! E, se fossemos todos muito pobrezinhos… para esta esquerda é que isso é bom!

Como diz o poeta “... não sei por onde vou, sei que não vou por aí!
2009-09-26