Um verdadeiro congresso à moda antiga!
Um congresso onde os ex-líderes desceram à terra para falar do futuro, coisa rara em congressos do PSD!
Nesta “conferência” de ex-lideres, Marcelo Rebelo de Sousa apelou à unidade do partido e à convergência entre todos os candidatos. Santana Lopes, o mentor deste congresso, optou fazer um forte ataque ao passado e fazer um ajuste de contas com o partido e com o seu passado. Por sua vez, Marques Mendes desafiou o partido a deixar de perder tempo com querelas internas e preparar-se rapidamente para se apresentar como alternativa credível. Por último, Luís Filipe Menezes lamentou pelo facto de o PSD não ser uma família unida à 15 anos, considerando que o país e o partido foram prejudicados por este facto.
Este congresso não foi propriamente a guerra de claques que alguns previam e o duelo entre Passos Coelho e Paulo Rangel ofuscou Aguiar Branco.
Passos Coelho, vai à frente nas sondagens e lá dentro os três candidatos aproveitaram este congresso para arregimentar apoios entre os congressistas, principalmente Paulo Rangel que “atraiu” quase toda a Comissão Politica de Manuela Ferreira Leite, para a sua candidatura.
O primeiro dos três candidatos a subir ao palco para discursar foi Paulo Rangel, que começou o discurso ligeiramente nervoso, mas cedo começou a angariar palmas dos seus apoiantes. Consegui fazer um discurso em crescendo que compensou em emotividade aquilo que não teve em conteúdo. Optou por fazer um ataque a José Sócrates acusando-o de ser o rosto dos bloqueios que afectam a vida portuguesa, “o socratismo representa um projecto de poder baseado no controlo dirigista da sociedade, das empresas, da comunicação social. É preciso desocratizar Portugal”. O seu pior registo foi para o facto de não ter deixado uma única ideia concreta de governação do país, sendo que o próximo líder do PSD poderá ser o futuro primeiro-ministro é manifestamente pouco, mesmo tocando ao de leve numa revisão constitucional.
O segundo candidato a subir à tribuna foi Aguiar Branco. É uma figura respeitável, mas caiu na tentação de se desmarcar dos outros candidatos pela sobriedade e pelo sentido de estado. Com um discurso sereno e formal, justificou que ser líder da oposição é difícil, por ser preciso “pensar no interesse nacional”. Aguiar Branco não conseguiu a sintonia dos congressistas.
Pedro Passos Coelho, foi o último dos três candidatos a subir ao palco e fê-lo com vontade. Saudou Manuela Ferreira Leite e num registo intimista permitiu criar um ambiente de cumplicidade com os congressistas, fazendo uma revisão séria e franca com o seu passado que justifica a sua candidatura à liderança.
Desferiu várias estocadas ao governo socialista e não apenas a Sócrates “Se o governo do eng. José Sócrates não achasse que o PSD anda com o PS ao colo talvez o Orçamento de Estado para 2010 fosse outro e talvez o Programa de Estabilidade e Crescimento que apresentaram ao país ainda possa ser outro”.
Voltou a pedir a demissão do procurador-geral da República e disse aos delegados que o PSD não pode continuar a andar com o PS ao colo.
A verdade é que Passos Coelho optou por um discurso que desagrada a muitos barões do aparelho do partido e principalmente a João Jardim, uma vez que tem uma opinião muito própria sobre as autonomias regionais, e ninguém o viu, por uma questão de táctica politica, no beija-mão ao dono de uns milhares de votos. Para Jardim, depois do “senhor Silva" (Cavaco Silva), do “senhor Pinto de Sousa" (José Sócrates) e dos "cubanos do continente", agora vai surgir o “senhor Pedro Coelho"!
É evidente para quem está de fora que o que está em causa no PSD é a renovação de quadros e processos. E, como todos sabemos, não há renovação se os actores forem os mesmos.
Um congresso onde os ex-líderes desceram à terra para falar do futuro, coisa rara em congressos do PSD!
Nesta “conferência” de ex-lideres, Marcelo Rebelo de Sousa apelou à unidade do partido e à convergência entre todos os candidatos. Santana Lopes, o mentor deste congresso, optou fazer um forte ataque ao passado e fazer um ajuste de contas com o partido e com o seu passado. Por sua vez, Marques Mendes desafiou o partido a deixar de perder tempo com querelas internas e preparar-se rapidamente para se apresentar como alternativa credível. Por último, Luís Filipe Menezes lamentou pelo facto de o PSD não ser uma família unida à 15 anos, considerando que o país e o partido foram prejudicados por este facto.
Este congresso não foi propriamente a guerra de claques que alguns previam e o duelo entre Passos Coelho e Paulo Rangel ofuscou Aguiar Branco.
Passos Coelho, vai à frente nas sondagens e lá dentro os três candidatos aproveitaram este congresso para arregimentar apoios entre os congressistas, principalmente Paulo Rangel que “atraiu” quase toda a Comissão Politica de Manuela Ferreira Leite, para a sua candidatura.
O primeiro dos três candidatos a subir ao palco para discursar foi Paulo Rangel, que começou o discurso ligeiramente nervoso, mas cedo começou a angariar palmas dos seus apoiantes. Consegui fazer um discurso em crescendo que compensou em emotividade aquilo que não teve em conteúdo. Optou por fazer um ataque a José Sócrates acusando-o de ser o rosto dos bloqueios que afectam a vida portuguesa, “o socratismo representa um projecto de poder baseado no controlo dirigista da sociedade, das empresas, da comunicação social. É preciso desocratizar Portugal”. O seu pior registo foi para o facto de não ter deixado uma única ideia concreta de governação do país, sendo que o próximo líder do PSD poderá ser o futuro primeiro-ministro é manifestamente pouco, mesmo tocando ao de leve numa revisão constitucional.
O segundo candidato a subir à tribuna foi Aguiar Branco. É uma figura respeitável, mas caiu na tentação de se desmarcar dos outros candidatos pela sobriedade e pelo sentido de estado. Com um discurso sereno e formal, justificou que ser líder da oposição é difícil, por ser preciso “pensar no interesse nacional”. Aguiar Branco não conseguiu a sintonia dos congressistas.
Pedro Passos Coelho, foi o último dos três candidatos a subir ao palco e fê-lo com vontade. Saudou Manuela Ferreira Leite e num registo intimista permitiu criar um ambiente de cumplicidade com os congressistas, fazendo uma revisão séria e franca com o seu passado que justifica a sua candidatura à liderança.
Desferiu várias estocadas ao governo socialista e não apenas a Sócrates “Se o governo do eng. José Sócrates não achasse que o PSD anda com o PS ao colo talvez o Orçamento de Estado para 2010 fosse outro e talvez o Programa de Estabilidade e Crescimento que apresentaram ao país ainda possa ser outro”.
Voltou a pedir a demissão do procurador-geral da República e disse aos delegados que o PSD não pode continuar a andar com o PS ao colo.
A verdade é que Passos Coelho optou por um discurso que desagrada a muitos barões do aparelho do partido e principalmente a João Jardim, uma vez que tem uma opinião muito própria sobre as autonomias regionais, e ninguém o viu, por uma questão de táctica politica, no beija-mão ao dono de uns milhares de votos. Para Jardim, depois do “senhor Silva" (Cavaco Silva), do “senhor Pinto de Sousa" (José Sócrates) e dos "cubanos do continente", agora vai surgir o “senhor Pedro Coelho"!
É evidente para quem está de fora que o que está em causa no PSD é a renovação de quadros e processos. E, como todos sabemos, não há renovação se os actores forem os mesmos.
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O pior deste congresso aconteceu no final, com a aprovação da já chamada ‘Lei da Rolha’. Para além de um disparate político, é uma agressão à tradição de liberdade do PSD é uma prenda que o PS não merecia !
2010-03-15