LISTAS - O PROBLEMA DE SEMPRE!

Está a chegar a hora de os partidos internamente afirmarem as suas escolhas para as listas de candidatos a deputados e que certamente será das tarefas mais difíceis que se oferecem a um líder partidário.
Porque por maior que seja a vontade de acertar, por maior que seja o espírito de justiça com que se elaboram, por melhores que sejam os critérios aplicados a verdade é que não existem listas perfeitas. O que deve ser exigido á líder do PSD, e aqueles com quem partilhará a tarefa, apenas o bom senso de escolherem de forma a não fracturarem o partido com base em exclusões que dificilmente poderão ser compreendidas.
Pessoalmente, não costumo opinar sobre a forma como as listas serão escolhidas, mas parece-me que bem andara o partido se nos lugares de cada lista estiver atento ás indicações das estruturas do partido ao nível local e regional.
Contudo, entendo que a líder do partido não deverá prescindir da anunciada intenção de proceder a profunda renovação do grupo parlamentar, considerando que é muito importante ter distritais e concelhias mobilizadas para o combate político que certamente será duro e desgastante.
Comungo da opinião de que deve dar prioridade absoluta á inclusão nas listas de candidatos residentes nos respectivos distritos, integrados nas respectivas realidades, conhecidos dos eleitores, disponíveis para trabalharem assiduamente no seu circulo eleitoral e que sejam detentores de um percurso politico e cívico coerente com os valores do partido.
Por outro lado, no meu entender, a líder do partido deverá recusar a continuidade daqueles que já atingiram o tempo da reforma, que já tenham contemplado três mandatos consecutivos e acima de tudo excluir liminarmente a continuidade dos deputados mais faltosos que revelam um profundo desrespeito pelos eleitores e pelo partido.
A regra base, no meu entender é: o mérito, o trabalho, a assiduidade ao parlamento e a abnegação ao círculo eleitoral.
09-07-2009