UM PAÍS "QUASE" SEM RUMO!

Desde 1995, o ano de chegada de António Guterres ao Governo (ganhou as eleições a 1.10.1995) que temos assistido à degradação da Balança de Pagamentos Portuguesa, o que conduz à acumulação de divida externa. Houve uma ténue recuperação no início desta década mas, surpresa das surpresas, a situação tem vindo a degradar-se com este Governo (ver gráfico).
Como se sabe a Dívida Externa total é o somatório dos empréstimos contraídos no exterior pelo próprio Estado, por outras instituições públicas e privadas e pelos financiamentos do sector da banca.No final do primeiro semestre de 2008 a dívida externa total portuguesa atingia o valor máximo de sempre, 344 mil milhões de euros (aproximadamente o dobro do PIB nacional), ou seja 200% do PIB*. Para mais facilmente se perceber este montante absurdo, basta pensar que, mantendo os mesmos níveis de produção, todos os portugueses teriam em teoria que trabalhar dois anos sem ganhar vencimento para poderem pagar a dívida externa do país.
Uma das mensagens que Sócrates e todo o governo têm procurado fazer passar, é que o País estava a recuperar, mas que a crise financeira internacional, de que ele não tem culpa, veio estragar tudo. Isso não é verdade pois o agravamento da situação é também anterior à crise. No período de 2005-2008 com Sócrates, o crescimento económico em Portugal foi, em média, igual a menos de metade da média da União Europeia, pois em 4 anos Portugal cresceu apenas 4,8% enquanto a UE27 aumentou 9,8%.
O novo discurso de desculpabilização do governo, que interessa analisar e confrontar com dados mesmo do FMI, Eurostat e Banco de Portugal sobre a evolução do nosso País nos últimos anos, referidos no gráfico, não deixam dúvidas!
Socrates está preparar a fuga para a frente, em direcção ao abismo do sobre-endividamento, um verdadeiro suicídio económico que os portugueses pagarão muito caro e por muito tempo.
Um País ás cambalhotas na boca de um vendedor de ilusões!