E entrámos no último ano desta legislatura. Três anos a pedir e a aplicar sacrifícios aos portugueses para finalmente concluirmos estarmos pior do que inicialmente. Mais afastados da Europa, mais desempregados, mais impostos, mais diferenças sociais, mais desânimo .... uma lástima.
À medida que o tempo vai correndo, vamos conhecendo melhor a pessoa que nos saíu em sorte como primeiro ministro. Hábil no espectáculo, arrogante e pouco humilde (Ferro Rodrigues bem o conhece...), reduzidas preocupações sociais (Mário Soares e Manuel Alegre também avisam...), muito esperto pouco inteligente, um representante do "desenrasca" lusitano, um artista na arte de representar manipular e controlar.
Depois de se conhecer a sua "desenrascada" passagem pela Universidade, o "faz de conta" passou a ser norma. É um engenheiro faz-de-conta. Também implodiu os prédios de Tróia em faz-de-conta. Também demonstrou os novos computadores numa escola com alunos faz-de-conta...
Fez um discurso em fim-de-ano de paraíso-faz-de-conta. "Afinal estamos todos a viver melhor, com melhor Saúde, Ensino, Justiça e Segurança Social. Melhores reformas e menos impostos. Somos todos uns ingratos em não agradecer a felicidade que Sócrates tem trazido ao zé portuga. Agradecer ter marcado a inflação em 2,1% para balizar vencimentos, e subir o pão em 30% entre outros aumentos presenteados no nosso sapatinho de Natal ! "
Agradecer o fecho dos SAP Urgências e Maternidades no interior, mandando as pessoas para hospitais congestionados onde a sexagenária, depois de esperar 6 horas pela sua vez, morreu ali mesmo na maca ! A directora do hospital não é responsável por lhe terem aparecido mais 150 doentes e não ter condições de atendimento. O Ministro da Saúde é que deve responder pelas novas condições que impôs contra os interesses das populações.
Cavaco foi mais realista na foto que fez deste triste país. Também está convencido que o primeiro-ministro-faz-de-conta anda a tomar medidas necessárias e urgentes. Também irá chegar à conclusão que é tudo em faz-de-conta. No resumo final, a sustentabilidade da Segurança Social falhou, a restruturação da Administração Pública pifou, o Ensino não tirou os alunos do último lugar europeu em qualificação, na Saúde vai continuar-se a morrer nos corredores ou nas ambulâncias em viagem para os hospitais congestionados, os 40 mil licenciados no desemprego podem ir comprando bilhete para qualquer país europeu, da Justiça é melhor nem falar ... a merda cheira à légua ! Os processos continuam a demorar anos... a prescrever. Os mediáticos Casa Pia, Apito e Furacão vão gastando erário público para sair tudo ilibado como nos desfalques das ajudas europeias à UGT.
Quando um dia Sócrates deixar o poder, os portugueses terão a certeza de se terem livrado dum ministro-faz-de-conta, que tomou medidas simplex faz-de-conta, e deixou os portugueses infinitamente mais pobres e infelizes do que o dia em que ouvimos falar dele.
Esperemos que não seja tarde de mais quando entenderem estar na presença duma das maiores fraudes pós 25 de Abril.
